terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Acabou, já?

Chegou aquela época do ano de olhar pra trás e ver o estrago. 2014 se esvai pelos dedos. Então é Natal e o que você fez...?

Nesse look back, até que não estamos tão mal, estamos? 

Passei o ano inteiro temendo queimá-lo, como prometi a um amigo que não o faria. Apesar de todo o pessimismo que carrego comigo, acho que não nos saímos tão mal. Tive muitas aventuras e jornadas inesperadas. Ontem mesmo eu estava pensando em escolhas... Talvez me arrependendo. Porém, ao mesmo tempo, percebi que se tivesse agido diferente, não estaria onde estou. E o aqui e agora tem sido bom pra mim. Não está tão escuro e eu tenho tido pra onde correr. Sort of it.

Nessas idas e vindas, conheci tanta gente que encheu minha vida de coisas boas e sentimentos que aquecem meu coração... Mesmo que eu não possa estar com todos, carrego-os comigo. E ainda que talvez não os veja mais, eles seguirão aqui, em um lugar especial. 

Fora a parte emocional que foi severamente bagunçada ao longo desses doze meses, mas que jaz até que bem no momento, tive altos e baixos. Não estou no lugar que achei que estaria no começo do ano. Ou no meio do ano. Ou no lugar que achei que estaria em qualquer parte do ano. Mas as surpresas podem ser boas e não ir de acordo com o plano pode não ser tão ruim assim.

Tudo isso pra dizer que as coisas não foram nada de acordo com o planejado. Mas será que alguma vez elas vão? De qualquer forma, nem tudo foi por água abaixo. Achei algo que valha à pena no fundo desse poço. E, talvez, nem fosse o fundo do poço... Talvez a luz estivesse apenas apagada. It's just a spark, but it's enough to keep me going.


P.S.: Vou tentar me atirar mais nas ondas, como Thoreau me ensinou.

sábado, 18 de outubro de 2014

Darkness there, and nothing more.

Como Alice, ela gostava de pensar em três coisas impossíveis antes do café da manhã.
No seu caso, porém, os pensamentos eram suicidas.
Impossíveis, pois ela sempre acreditou ser fraca para cometer tal coisa.
Uma loucura, sem dúvidas.
Entretanto, era algo mais forte que ela.
Veja bem, quando se desacredita da vida, os pensamentos acabam se encaminhando para um lugar sombrio.
Era como se sua mente fosse uma pequena fábrica de horrores.
Se bem que há horrores bem mais horrorosos por aí.

[...]

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Fear

This is me. Overthinking every step I take.
Trying to sound and look nice. Trying to be accepted and to please.
This sounds really stupid, but this is me trying to be someone you would like.

Trying to hide the darkness and the black dog inhabiting inside of me.

Just because I don't want to scary you with the ugly face of the monster I really am.
Just because I don't want you to go away like everybody else does.

You know, last night I dreamt somebody loved me... And I just wanted that to be true.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A vaia do despertador


Tudo é tão grande. O lá fora, o Universo, gigantescos.
E nós, tão pequeninos.
Eu, menor ainda.
Imperceptível nas multidões de pessoas interessantes e que têm o que oferecer.

Mas não me abalo. Ou finjo que não.
Não quero confete.
Eu só queria poder ser.

sábado, 13 de setembro de 2014

Something

Hoje me peguei dançando, no pátio, ao som de Wavves. Admirando o céu e as belezas da vida.

Depois de semanas sem sequer sair de dentro de casa e ver a luz do dia, é curioso me ver assim. Com uma felicidade pura e genuína.

Eu não sei pra onde isso vai e nem sei se isso realmente existe. O que eu sei é que eu estou feliz agora, de um jeito que não estava há tempos e isso me é suficiente.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Dalek

Justamente porque dói tanto que parece que eu tenho dois corações, que eu não quero que doa mais. Eu quero regenerar e seguir em frente.

Eu não consigo viver numa situação que machuca duas pessoas e que não tem um futuro.

Acho que meu tempo viajando na TARDIS expirou e eu tenho de seguir uma vida sem viagens no tempo e um Time Lord.

Eu queria dizer tudo isso de uma maneira que não soasse péssima, mas falho miseravelmente. E me faltam analogias whovians para fazer.

domingo, 7 de setembro de 2014

Proj. Vida

Projetos. Projetos. Projetos.
Esse ano tem sido um ano de diversos projetos. Não tantos assim, mas alguns.

Um deles, infelizmente, eu estou vendo chegar ao fim. Está no corredor da morte. Por muito tempo, eu pensei em fazê-lo. Tinha um parceiro em vista e várias ideias. Porém, por falta de tempo e habilidade, fui procrastinando. Acabei fazendo-o com outra pessoa, o que foi um movimento mal estudado e se mostrou um erro. Ocasionando nessa situação de morte-não-morte. Triste, pois era algo cheio de potencial. As coisas chegam ao fim. E temos que conviver com isso.

Moving on, mas falando de coisa boa agora, tenho um projeto muito bom em vista. Esse sim, na categoria Proj. Vida. O Proj. Verão 2015. Finalmente achei a parceria perfeita e estou com aquela sensação "agora vai". Não quero falar muito a respeito, por ora, pra não estragar. Entretanto, estou sentido que vai ser coisa boa e tem potencial incrível pra dar certo. É tão bom sonhar com pessoas que miram as mesmas coisa que tu. Principalmente, quando a pessoa em  questão é alguém maravilhoso e uma pessoa que tu admira tanto. Um pequeno passo pra humanidade, um grande passo pra Jennifer. Cruzando os dedos aqui.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

The One Where I Freak Out

September is here and I'm not singing "Wake Me Up When September Ends", because: HOLY SHIT!, it's September already. I'm freaking out. What the hell am I doing with my life?
September. The 9th month. Which means I've just missed nine months doing what exactly? I don't know the answer.
It's that time of the year when I start to lose my mind, but do I do anything to help it? Not sure. Every year is the same drama.
Time is this wibbly wobbly and it's running out.

My life ending,
one
minute
at
a
time.

Oh dear.

Ok. So I'll be here, waiting for this BIG plot-twist.


Hope I do something about it.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Aquele sobre uma menina inglesa

Não sou de assistir vlogs no Youtube, mas esses dias descobri uma moça: Beckie0. Alguém enviou o link pra outro alguém e eu, metida, fui ver. Beckie é inglesa e tem 21 anos. Ela já faz o vlog há quase dez anos e, se eu não estiver errada, ela começou por causa de uma doença que tem, Tricotilomania. Inclusive, ela tem um diário exclusivo pra falar sobre a relação dela com isso, é esse aqui. E esses dois vídeos aqui e aqui falam um pouco sobre a vida dela como um todo e a trajetória nos últimos anos.

Anyways, eu queria falar sobre um vídeo específico, que eu assisti hoje de manhã, sobre as pressões de ver a vida das pessoas evoluindo, enquanto a tua nem tanto. Isso tem sido uma das coisas que mais me atormenta atualmente. Me identifico bastante com as visões dela em muitos vídeos. E isso não mudou nesse.


Por fim, só quis compartilhar isso tudo, pois acho a jornada da Rebecca incrível e é legal vê-la se comunicando com o mundo, abrindo o coração e tentando lidar com tudo o que acontece. É meio como eu me sinto com o blog.

Eu realmente gosto muito dessa menina e tem sido bom assistir ao canal, mesmo que eu não tenha Tricotilomania. Pois todos nós temos problemas e nem sempre é fácil lidar com eles, ou sorrir.

20...

Vinte anos.

Larguei a faculdade.
Voltei pra casa dos meus pais.
Não tenho emprego.
Não faço nada da vida.

É, aparentemente eu não estou pronta pros grandes poderes e as grandes responsabilidades.

domingo, 24 de agosto de 2014

Well...

Eu tenho um bottom que me lembra todo dia o que eu fiz de errado. Um bottom que diz wibbly wobbly timey-wimey. Que me lembra de um moço que uma vez eu conheci. Moreno, alto, um tal de Doctor, que falava "Allons-y".

Mesmo ele tendo me dito que não é um Time Lord, que não tem dois corações, nem uma TARDIS, ele vai ser pra sempre meu Doctor.

Eu queria não ter sido besta e ter estragado tudo. Acabei como a Rose em Doomsday. Mas meu coração dói como se fosse The End of Time.

Parece que tenho dois corações de tanto que dói.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A garota que fez tudo errado de novo

Vocês sabem de onde surgiu o nome do blog? Então, é uma música do Belle and Sebastian e na verdade é o boy que fez errado. Quando eu procurava um nome pro blog, fui pra um site de letras de música, porque essa sou eu: sempre colocando música no meio. Acabei na página do Belle and Sebastian, vi o nome e gostei de cara. Quando ouvi a música, sabia que não poderia ser outro nome. 

"All that I wanted was to sing the happiest songs... And if you would sing along I will be happy now."

Tudo parece perdido e sem conserto. A garota está fazendo tudo errado, mais uma vez. A escuridão está no meu pensamento e não parece que irá embora tão cedo.

Eu tenho que aprender a pular do meu navio naufragado. E pagar pelos meus crimes.
Enquanto isso, abaixo a cabeça e choro pela vida perdida.

Sigo cantando as canções mais tristes...

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Clube dos perdidos

Estava na bad, fossa, fundo do poço (como quiser chamar), por diversos motivos acumulados (estagnada na vida, tpm, mensagems de gente que não posso ter comigo...), e decidi criar um Tinder.
Sim, um Tinder.
Eu, Jennifer, que, em uma das aulas da faculdade que tanto sinto falta, falei mal desta nova rede social de relacionamentos, relatando que as pessoas são tratadas como pedaços de carne numa vitrine e etc, criei um Tinder.
Poderia ficar discorrendo o quão hipócrita algumas atitudes minhas são, mas esse não é o ponto.
Criei um Tinder, meio sem saber do que se tratava. Pra quem não sabe, é um app que mostra pessoas em um certo raio de distância e tu podes curti-las ou não. Se tu curtir e a pessoa curtir de volta, vocês tem uma match e podem iniciar um bate-papo. (Segundo o Honorato, é um app pra transar, pode/deve ser, whatever.) Anyways, entrei lá e comecei a ver diversos rostinhos num raio X de distância e, com base nos gostos em comum, curtia ou não.
É uma ideia completamente besta, pois é. Mas cá estou.
Não sei qual foi o estopim, carência e os diversos motivos acumulados, talvez. Não criei o Tinder pra achar o amor da minha vida. Sei que já esgotei minhas fichas e não posso mais apostar nisso. E, do fundo do coração, sei que não encontrarei isso lá.
Apesar disso tudo, tem sido uma experiência interessante. Há pessoas bem legais. Aparentemente. Claro que elas não conversam por muito tempo, porque eu sou extremamente entediante e não sei conduzir uma conversa. Mas a troca de ideias não tem sido tão ruim assim.

O que eu pretendi com o desabafo foi, na verdade, falar sobre o fato de receber as curtidas. Apesar de ser um jogo besta, isso acabou por dar um up na auto-estima, mesmo que eu esteja fazendo tudo errado.

Curtindo a fossa e achando "algo bom" nesse fundo de poço.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Rotina

Ele acordou com o desejo de destruir algo belo.
Levantou. Lavou o rosto. Olhou-se no espelho e não reconheceu o que viu.
Saiu sem café. Perdera tal hábito desde que a namorada o abandonou. Ele ainda não entendia o porquê.
No caminho para o trabalho, trânsito. A tranqueira rotineira. O estresse de cada dia.
No trabalho, ligações, gritarias, xícaras inúmeras de café. Pausa pro almoço? Luxo. Comer qualquer coisa no trailer barato era mais do que se podia esperar. Mais café, pilhas de documentos.
Bater o cartão. Afrouxar a gravata. Trânsito e congestionamento. Estresse em dobro.
Casa. Copo de uísque. Tiro na cabeça. Ninguém ouviu o barulho. Ninguém estava lá.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Passa tempo.

Perdida entre jornais, palavras cruzadas, o filme na TV e reflexões sobre a vida. A madrugada é fria. O passatempo interminado na minha frente só traz à tona o que tenho vivido: a incapacidade de fazer algo direito. Se nem as palavras cruzadas eu consigo completar, o que será da minha vida. Tanto a pensar. Tudo é tão gris e eu me perco em meio a tudo isso. A ideia de mudança me motiva, mas a preguiça fala mais forte. A vozinha que fala “deixa pra lá” grita mais alto. E assim, abandono até as aventuras do meu livros. Esse é o retrato do que estou sendo: um fantasma perdido numa paisagem cinza, sem força suficiente para procurar algo melhor. Sem vontade suficiente para, num dia nublado, manter os olhos fixos no sol.

terça-feira, 11 de março de 2014

20

Pois é. Acabei de fazer 20 anos. O quão louco é isso?

V I N T E  anos.

Eu, com 20 anos. Isso é muito estranho. Com grandes poderes, grandes responsabilidades. E eu não sei se estou pronta pra isso.

*

20 anos e estou indo embora de casa. Indo para uma cidade que eu não conheço, com pessoas que eu não conheço.

Vida universitária.
Morar sozinha.
Aprender a se virar.
Ficar longe de todo mundo que amo.

A ficha finalmente caiu.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Stuck on the puzzle

Embora eu já tenha “decidido” ir pra Pelotas e todos esperam que eu o faça, tem uma pessoa – só uma – que é capaz de me fazer ficar.

Tá certo que todos os meus amigos e familiares importam, mas só uma pessoa seria capaz de me fazer largar o certo pelo duvidoso, que é ficar aqui, sem garantia de nada, perigando queimar mais um ano.

Estava tudo certo e Pelotas está a menos de uma semana de distância. E agora, logo agora, ele vem cutucar aquela dúvida que ficou lá no fundo.

Vem com a lábia que ele sabe que tem, com os argumentos mais mirabolantes ou nem tanto, tentar me fazer me ficar.

Colocou Friends no meio. Disse que abriria mão de coisas pra me ver ficar. E eu fico sem ter pra onde correr. Só quero um ombro pra chorar.

Confesso que não entendo por que esse desejo tão grande de me fazer mudar de ideia. Mesmo. Porém, entendendo ou não, agora eu fiquei completamente perdida e não sei mais o que fazer.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Un deux trois

2014 chegou. Há tempos que não passo por aqui. Ou passo e não tenho o que dizer.

2013 – a.k.a um dos piores anos da vida – acabou. Muita coisa mudou. Ou nem tanto assim.

Reprovei no vestibular da UFRGS – de novo – e me vejo, atualmente, me mudando para Pelotas, pois é o único lugar que me resta para não queimar 2014, a menos que eu queira pagar uma universidade privada, o que eu sempre fui contra.

Estou indo para Pelotas – o que é louco porque eu sei que não vou conseguir me bancar por lá. Mas eu vou. Acho que é o que eu mais preciso nesse momento. Embora todos os meus amigos e família estejam aqui, não há mais nada aqui pra mim. Se eu ficar, verei todos avançando com suas vidas, mais uma vez, e eu estagnada no mesmo lugar.

Creio que eu precise sair da minha caverna. Ver o mundo em toda sua plenitude. If you feel just like a tourist in the city you were born then it’s time to go. Não sinto como se eu pertencesse aqui, então, como já diria o DCFC, é hora de ir.

Estou com medo porque é um grande passo. Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Vou ter que colocar minha war paint e ir pra guerra.

Não posso queimar mais um ano.