segunda-feira, 23 de março de 2015

A história de uma bolha

Era uma vez uma bolha. Lá, tudo era calmo. Pacífico até. A bolha era o lar de uma menina e seu big black dog. Eles tinham uma boa relação. Tudo ia bem.

Eventualmente, a menina teve de abandonar a bolha. 

Bem, talvez a bolha não fosse tão pacífica assim, mas lá, a menina não tinha obrigações. Não devia nada a ninguém. Podia ser o que ela queria. Podia abraçar a solitude e seu big black dog. Difícil dizer se isso fazia bem à menina. O que eu posso dizer é que ela gostava de lá. Ou achava que gostava.

Quando deixou a bolha, a menina teve de crescer, assumir compromissos e ter obrigações. Entretanto, nem tudo foi ruim quanto pode parecer. Ela também pode realizar sonhos e alcançar coisas que outrora acreditava serem impossíveis.

Nesse ponto, você deve pensar que a nossa mocinha estava completa e desfrutava de todos os prazeres dessa vida compromissada e realizada. Isso até podia ser parte da verdade. A outra parte é que a moça estava tão cheia, tão saturada, que tudo que pensava era na paz e calmaria da bolha. Ela só queria poder voltar pra lá. 


[cont]

sábado, 14 de março de 2015

Acabou, mas sem o chorare

Minha vida amorosa, se é que ela existe, é uma louca aventura da qual eu jamais sairei viva.
E hoje eu dei adeus a mais um capítulo de uma história fictícia. De um causo que nunca ousou sair do platônico.
Cinco meses de algo que nunca aconteceu. Pelo menos não fora da minha mente. 
Cinco meses de devaneios (e batatas).

Acabou, chorare.
Mas sem o "chorare".

Sigamos.