segunda-feira, 30 de maio de 2011

Bicicleta

Quero voltar a ser criança, onde minhas preocupações eram não perder minhas novelas mexicanas, meus desenhos na TV Cruj e na TV Globinho, e não brigar muito com meus primos nem ser mal educada, se não era castigo na certa!

Quando eu era a melhor aluna da classe. E "brincava" na escola. Enlouquecer por causa do excesso de provas e trabalhos? Não existia pra mim. Assim como não existiam noites mal dormidas.

Quando eu era cheia de regalias e falta de dinheiro e briga dos meus pais eram coisas que não chegavam a mim.

Quando eu andava de bicicleta.

Quando só se enxergava as coisas boas que as pessoas têm a oferecer. INOCÊNCIA. Não existia essa "maldade" que existe hoje nas coisas. "Quero ver a cobra subir" era pra mim literalmente ver a cobra, animal, subir. Jamais passaria na minha mente o real significado disso.( Na verdade só passou pela minha cabeça porque meu professor de História disse que as músicas do É O TCHAN eram de duplo sentido) A maldade que eu conhecia era o MACACO LOCO, grande vilão.

Quando não se gostava de ninguém "as verda" (gíria que sempre me remete à infância, usada nas rodas de BAFO), tampouco se sofria por causa disso.

Quando eu sabia cantar TODAS as musiquinhas dos desenhos.

Quando eu dançava o Rouge sem medo de ser feliz. Aliás, quando eu dançava sem medo de ser feliz. Apresentação de dança (ou qualquer outra coisa) na escola? Eu era presença na certa. Nunca tive talento pra essa coisa toda mas eu não tinha medo de arriscar.

Não era a mais magra (até porque sempre fui gordinha assim), nem a mais bonita, não tinha o cabelo mais sedoso, nem tinha uma MELISSA. E isso simplesmente não importava. E não deveria importar agora.

Gosto desses momentos nostálgicos. É bom lembrar de um tempo tão bom. Mas que agora são apenas memórias. Lembranças bonitas.

Percebo uma grande dificuldade minha pra crescer. Ser criança é TÃO MAIS FÁCIL. Não é fácil crescer. Ninguém disse que seria.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

She Will Be Loved

Ela espera. Toda noite ela sonha. Sonha com seu príncipe encantado. Que virá em um cavalo branco. Ela sonha. O que ela não sabe é que os tempos não são mais os mesmos. E essa época de contos de fada ficou no passado. São tempos difíceis. Mas ela espera. Por um amor. Alguém que ela possa abraçar e contar as coisas boas do dia.

A história da garota que sonha e espera um amor parece boba. E ultrapassada. Mas todos nós sabemos que lá no fundo somos tão ou mais bobos que ela. Esperando por esse alguém que vai espantar nossos medos, curar nossas feridas. Nos fazer rir o riso mais sincero. De um sentimento puro. Verdadeiro.

Nós sabemos que precisamos desse alguém pra abraçar e contar as coisas boas do dia. Nós sabemos que dois é melhor que um. Mas vivemos mentindo pra nós mesmos e fingindo que assim está bom. O que todos queríamos no fundo é ter a ingenuidade da garota. E acreditar que no fim tudo sempre dá certo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Garotos Perdidos

À medida em que as pessoas vão crescendo e tornando-se responsáveis, elas esquecem de reparar nos detahes. A vida delas se torna uma correria, cheia de obrigações, sem emoção alguma. Elas buscam felicidade mas esquecem que a felicidade está naquele momento dividindo um chocolate com um amigo e jogando conversa fora. Elas buscam paz mas esquecem que a paz está naquele abraço apertado e demorado. As pessoas crescem e esquecem da regra #32 - Enjoy the little things. "Crescer não é poder e sim obrigação". Infelizmente ainda não inventaram uma máquina ou teoria capaz de nos deixar crianças pra sempre. E ainda não foi descoberto o caminho pra Terra do Nunca. A gente tem que crescer. A gente vai crescer. Só que a gente não precisa ser como os adultos que esquecem dessas pequenas coisas, dos pequenos detalhes. Que perdem a inocência infantil. Virão as responsabilidades e os deveres. Mas dentro de nós mesmos, no fundo de nossas almas podemos ser pra sempre garotos perdidos que esqueceram de crescer. E que não deixaram de dar valor aos poucos e bons momentos. E que nunca esqueceram da regra #32.